ETEOT conscientiza alunos sobre inclusão e educação inclusiva

Matéria reproduzida do Portal da FAETEC: http://www.faetec.rj.gov.br/index.php/institucional/assessoria-de-comunicacao/noticias/1927-escola-tecnica-estadual-oscar-tenorio-conscientiza-alunos-sobre-inclusao-e-educacao-inclusiva.

A Escola Técnica Estadual Oscar Tenório (ETEOT), unidade da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), dedicou um dia inteiro a atividades relacionadas à inclusão e educação inclusiva, como parte das comemorações pelo Dia Nacional da Luta pela Educação Inclusiva, celebrado no último dia 14 de abril. O evento contou com palestras, depoimentos e bate papo, sendo organizado pelas professoras Silvia Salgado e Egley Amarolina, com apoio da equipe gestora e do professor Fábio Garrido, que mediou as palestras.

Iniciando as atividades, a professora Camila Venturini falou sobre a “Adaptação de materiais de biologia para aluno com deficiência intelectual”. Em seguida, Leandro Mendes, que é autor do livro “Superando barreiras e limites”, conversou com os estudantes sobre superação e apresentou a ONG Adaptsurf, que faz um trabalho de surf adaptado para pessoas com deficiência. Leandro é um dos 60 alunos da organização, além de voluntário.

Encerrando o primeiro ciclo de palestras, a professora e intérprete de língua brasileira de sinais Cleudes Alves animou os alunos com uma oficina de libras. Um deles foi o Rafael Augusto da Silva, de 15 anos, que ficou atento durante a aula e contou que nunca mais vai se esquecer como se diz “eu te amo” na língua.

“Gostei muito da oficina, nunca tive esse contato com a língua, mas sempre quis aprender. Acho que a gente deveria falar mais sobre esse assunto, porque podemos encontrar com pessoas mudas e surdas e não conseguir manter uma comunicação”, declarou o aluno do 1° ano do curso técnico em informática.

A professora Cleudes Alves completou, dizendo: “hoje em dia, percebemos um interesse muito maior em falar sobre inclusão. Isso porque pessoas com deficiências, sendo surdas, cadeirantes ou cegas, estão mais ativas e lutam por inclusão. Cada vez mais vejo pessoas querendo aprender e estudar. Vejo surdos sendo professores, advogados e mostrando para a sociedade quem eles podem ser. Hoje somos uma sociedade inclusiva”.

Durante a tarde, uma segunda rodada de atividades aconteceu, contando com as alunas de pedagogia do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro – Iserj/Faetec, que atuam como mediadoras na ETEOT, por meio do programa Estagiando na Rede, Anna Luzia, Rita de Cassia e Sandra Maura. O trio apresentou relatos da experiência adquirida em mediação, relatando casos de sucesso durante o estágio.

A professora especialista em educação inclusiva, Regina Célia, falou sobre a “Inclusão como um todo”, contando sua história com a inclusão social de pessoas com deficiência, que começou com seu pai, deficiente visual. Egresso da unidade Adhemar Henrique é portador de mielomeningocele, uma malformação da coluna vertebral. Durante seu depoimento, discursou sobre dificuldades da vida e a importância de não desistir de viver.

Fechando o ciclo de atividades, o Dr. Valmery Guimarães, que é defensor público e deficiente visual, comandou o bate papo “Minhas dificuldades na ascensão profissional como pessoa com deficiência”. Entre as principais ferramentas, que podem e devem ser assumidas ao combater a exclusão social de PCDs, adotar uma postura de empatia e solidariedade se torna a mais importante. É o que afirma a professora Regina Célia.

“Já trabalhei em sala de recursos com 19 alunos com deficiências e condições diferentes. Então eu queria muito que vocês pudessem entender que o mais importante é ter amor pelo próximo. Amar o próximo e não ter piedade, mas simplesmente entender os limites do outro e entender que o outro poderia ter sido você. A inclusão começa assim”, concluiu a docente.

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